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sexta-feira, 30 de março de 2018

A DISPENSAÇÃO E SUA DOUTRINA

A perfeita harmonia e unidade da Bíblia podem ser observadas através de suas épocas, seus personagens e as condições sob as quais se deram determinados períodos. Enquanto os princípios de Deus têm a ver com o Seu caráter, com a Sua natureza, as dispensações de Deus dizem respeito às Suas formas de tratar com os que a Ele estão sujeitos, especialmente com o homem.Deus prova a humanidade, sob a qual a humanidade deve ser fiel e obediente para que possa receber as bênçãos prometida.
Para descobrirmos a perfeita harmonia e unidade da Bíblia é necessário estudarmos suas épocas, seus personagens e as condições sob as quais se deram determinados períodos. No estudo das Épocas da Bíblia, estudamos historicamente os tempos bíblicos. Estudando as Dispensações os dividimos teologicamente.





DEFINIÇÃO DE DISPENSAÇÃO

Dispensação é um período de tempo em que o homem é provado a respeito de sua obediência a certa revelação da vontade de Deus.
São ao todo, 7 dispensações. A primeira dispensação chama-se dispensação da Inocência, e a última é conhecida como Dispensação Milenar, segundo a interpretação Pré- Tribulacionista, ocorrerá após todos os acontecimentos determinados por Cristo nas profecias Bíblicas serem realizada dentro do seu devido propósito e tempo. Segundo Eruditos e conforme o texto Bíblico, podemos definir de modo geral que; Uma “dispensação” é um período de tempo em que o homem é experimentado em relação à sua obediência a alguma revelação especial da vontade tanto permissiva como diretiva de Deus. 

As setes dispensações que a Bíblia relata são:

  • INOCÊNCIA
  • CONSCIÊNCIA
  • GOVERNO HUMANO
  • PATRIARCAL OU PROMESSA
  • LEI
  • GRAÇA OU IGREJA
  • MILÊNIO OU MILENAR
ETIMOLOGIA DO TERMO DISPENSAÇÃO

Do grego “oikonomía” do latim “dispenso” Doutrina É esta palavra que a “Vulgata” usa para traduzir a palavra grega “oikonomia”. Quando este termo é analisado do ponto de vista local, refere-se, em alguns casos, não em todos, a “um dispenseiro” ou na acepção da palavra “um mordomo” Lc 16:2. Que significa “a direção ou manejo dos afazeres dos empreendimentos da vida”. Originalmente elaborada por N. Derby 1800- 1882. E popularizada pela Bíblia de Referência de Scofield, segundo a qual a atividade de Deus na História acha-se dividida em sete dispensações. As profecias. Neste sistema, são interpretadas de modo literal. E seus adeptos sustentam que Deus tem um plano específico para Israel e outro para a Igreja. A Dispensação pode ser compreendida também como a maneira que Deus usa para administrar suas revelações à humanidade num determinado período da história. Esse plano está se desdobrando desde o começo das dispensações. E continuará a se desdobrar até que as dispensações cheguem ao fim. Nada pode impedi-lo, ninguém pode desviá-lo. É tão certo quanto o próprio Deus. Ele começou com Deus sozinho, antes que existisse qualquer mundo. E vai continuar até que, na hora apropriada de Deus, surjam os novos céus e a nova terra. É uma coisa sistemática, ordenada, completa e perfeita.
No Plano divino existem diversos períodos de tempo. Nós os chamamos de dispensações. Incluem diversas condições e são de diferentes durações. Mas todos se relacionam com os propósitos de Deus para com o homem. Já o outro substantivo “oikonomia” encontra-se nove vezes na Bíblia. Em Lucas 16:2-4. É traduzido “mordomia”; em 1 Coríntios 9:17; Efésios 1:10. 3:2-9. Colossenses 1:25 é traduzido “dispensação”, sendo que, segundo se depreende, tem o sentido probatório de Deus em relação ao homem. Mas restritamente falando, existe “uma dispensação” para cada ser humano 1 Co 9.17.

DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA

Este período vai de Gn 2:6 A 3:24. O propósito desta dispensação foi o de provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus em clima de perfeição e circunstâncias absolutamente favoráveis, bem como o seu livre arbítrio, com capacidade para, pensar, sentir e escolher. Os principais personagens desta dispensação foram Adão e Eva. Eles receberam como incumbência da parte de Deus, guardar o Jardim e não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Eles desobedeceram a Deus, dando lugar a:

  • Dúvida. Gn 3:1
  • Adição. Satanás tentou aumentar o que Deus disse Gn 3:2-3.
  • Contradição. Satanás passou a contraditar o que Deus disse Gn 3:4
  • Falsa interpretação. Gn 3:5
  • Tentação. Para desobedecer
  • Transgressão. Gn 3.6. E por causa da transgressão, veio o julgamento divino. Sobre a serpente amaldiçoando-a e tornando-a réptil, sobre a mulher dando-lhe dores no parto, sobre o homem, amaldiçoando a terra e tirando-lhe à força.
Há alguns Eruditos que afirmam não ser o tempo revelado por Deus á nós, mas é possível ter base onde começa em relação á testar o homem, e onde termina Gn 2:6 á 3:24.

DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

O período desta dispensação vai de Gn 3:18-4. Isto dá um período de aproximadamente 1656anos. O propósito desta dispensação é provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus num clima de liberdade e segundo os ditames da sua consciência. Os principais personagens desta dispensação foram: Enoque e Noé. O que Deus requeria destes homens era a fé em Deus. O julgamento divino desta dispensação manifestou-se através do Dilúvio.
Expelido do Éden, e posto sob a segunda Aliança, a Adâmica, o homem era responsável para fazer todo o bem que conhecia, e de abster-se de todo o mal que lhe cercava, e de aproximar-se de Deus mediante o sacrifício. O resultado desta segunda prova do homem é declara- da em Gênesis 6.5, e a dispensação da Consciência terminou com o julgamento do Dilúvio sobre o mundo dos ímpios. Notemos que Deus continua sempre seu plano divino para assim cumprir seus propósitos.

DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO

Este período vai de Gn 8:15 –11-32. Isto dá um período de mais ou menos 427 anos. Este período vai do Dilúvio até à dispersão na Torre de Babel. O propósito desta dispensação era provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus em um sistema de consciência coletiva. Os principais personagens desta dispensação foram: Noé, Cão, Jafé e Sem. Aqui Deus colocou o Arco-íris como sinal da aliança. Nesta dispensação houve atos de desobediência por parte de Ninrode, neto de Cão, que criou o imperialismo, tentou construir uma torre. E, como juízo de Deus, veio à dispersão. Todos se dispersaram, pois ninguém entendia ninguém.

Noé, o sobrevivente do Dilúvio, era o pai do Século Pós-diluviano e do mundo presente. Embora sendo da décima geração depois de Adão, ele nasceu apenas 14 anos depois da morte de Sete.
Durante essas 8 gerações e por mais de 350 anos ele viveu entre os homens daquela nova geração depois do Dilúvio. O novo mundo, portanto, teve um pai piedoso.

DISPENSAÇÃO PATRIARCAL

É também conhecido como Dispensação da Promessa, Este período vai de Gn 12:1 à Êx 12:37. Vai da chamada de Abraão ao Êxodo do Egito, dando assim, período de aproximadamente 630 anos, ou 430 anos. O propósito desta dispensação era levar Abraão e seus descendentes a terem fé em Deus e obedecê-lo. A família de Abraão seria a precursora do Redentor. Neste período, Deus se revela a Abraão e aparece-lhe aproximadamente 6 vezes, revelando-lhe seus propósitos e sua vontade. O personagem principal desta dispensação foi Abraão. Neste período, Deus fez um Concerto Divino com Abraão e com sua descendência. Os atos de desobediência desta dispensação ficaram por conta de Abraão.

Segundo Eruditos Abraão comete três erros que são:

1. Desceu ao Egito. Símbolo do mundo
2. Tomou Agar por mulher. Apressou-se, dando ouvidos à sua mulher.
3. Mentiu a Abimeleque. A Bíblia tem razão, ela diz que um abismo chama outro.

A graça tinha fornecido um libertador. Moisés, fornecido um sacrifício para o culpado, e por divino poder libertado Israel da escravidão egípcia Êx 19:4. Mas em Sinai trocaram graça por lei. A lei não anulou a aliança abraâmica Gl 3:10-18. Mas era uma medida disciplinar “até que viesse a posteridade a quem fora dada a promessa” Gl 3:19-29; 4:1-7.

DISPENSAÇÃO DA LEI

Este me parece ser o maior período. Ele vai do Êxodo do Egito até à crucificação de Cristo, dando espaço de aproximadamente 1430 anos. Cristo foi o último que devia guardar e cumprir a lei. Propósito desta dispensação foi de testar a obediência de Israel. Os principais personagens desta dispensação foram: Moisés, Arão, Josué, Samuel, Davi e outros. O juízo divino para esta dispensação foi o pecado de todos os povos punidos e julgados na cruz, Cl 2:14-17. Israel, como nação, rejeitou a Cristo e por isso foi punido com a perda do seu reino e a dispensação milenar.Paulo diz que a dispensação da lei teve um caráter prospectivo e apontava para Cristo.
De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, de- pois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio” GL 3:24-25.

DISPENSAÇÃO DA GRAÇA

Este período iniciou com a morte de Cristo e vai até ao arrebatamento da Igreja. O propósito desta é: chamar para fora do mundo, um povo para o nome de Jesus, Ef 2:14-22. Nesta dispensação, Deus se revela em forma de homem. A revelação do espírito de Deus nos cristãos. Temos também a revelação escrita – A palavra de Deus. 

Os personagens principais desta dispensação são:

1. Jesus Cristo
2. E Paulo.

O Concerto divino desta dispensação é o Sangue de Jesus Cristo. Seu pacto é extensivo a todos de fé nesta dispensação. Hb 9:12-20. Atos de desobediência – ler Ap. 22:15. O juízo divino nesta dispensação acontecerá depois do arrebatamento. Será a grande tribulação. Em seguida ao arrebatamento, vem o Tribunal de Cristo para os crentes, 2 Co 5.10.
Existe, portanto, contraste entre a dispensação da lei e da graça: A graça de Deus em Jesus Cristo encontra os pecadores e os justifica - perdão dos pecados - justificação, redenção Cl 2:13. Para este alvo Jesus Cristo deu sua vida 2 Co 8:9. 1 Tm 1:14. A graça, neste sentido, é mais frequentemente mencionada em oposição a outro meio de salvação, a circuncisão e a observação da própria lei             At 15:11 . As obras da lei Rm 11:6. Neste sentido, porém, a graça não anulou a Lei, mas antes, cumpriu-a.

DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO

Seu início se dará com a manifestação de Cristo e findará com a instalação do Grande Trono Branco, Ap. 20.11-15. O propósito desta dispensação é consumar todas as alianças feitas com o homem. Estabelecer a justiça e a paz na terra. Exaltar a soberania Universal de Cristo. Restaurar a posição de Israel como cabeça das nações e sede do governo teocrático. Exaltar os santos de todos os tempos. Subjugar todos os inimigos do Senhor. Será o governo pessoal de Deus. Mesmo nesta dispensação, haverá desobediência, mas será mais no final. Aqui se dará os novos céus e a nova terra. O juízo divino será sobre Satanás e sobre os homens ímpios que não creram em Deus, Ap. 20.11-15.

Esta dispensação terá. De acordo com a própria Escritura. A duração de 1000 anos segundo os Pré- Tribulacionistas É a dispensação da plenitude dos tempos. Para ela convergem todos os tempos, alianças e profecias da Bíblia que, no decorrer dos séculos Ef 1:9-10. Ap 10:7. 11.15. 20:1-60. Esta dispensação é também chamada de “a dispensação do governo divino”, isto é. Segundo se diz, pelo fato de que. Durante sua existência. Deus estabelecerá seu governo teocrático na terra. Esta última dispensação, que é a “juntura" do presente século e do vindouro, fornece para os estudantes da Bíblia um nítido exemplo de sobreposição das dispensações, isto é, que às vezes há um “período” transitório entre uma e outra.
“As suas fronteiras não são bem demarcadas. Assim vemos que certos prenúncios do Milênio apresentam-se pelo menos sete anos antes, servindo de introdução a este período”. Para quem defende um período literal do Milênio, será o tempo que Deus irá tratar com Israel, sendo que neste tempo a Igreja já não encontra mais na terra, pois Cristo há levou para o seu habitat mediante o Arrebatamento. Estamos na penúltima dispensação conhecida como “Dispensação da Graça” breve será findada com a volta do Senhor em Esplendor e Glória.
A advertência de Cristo para á Igreja, é que seja vigilante e permaneça firme e convicto na fé que uma vez foi dada aos santos.
E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo Mt 24:12-13.




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FONTES DE PESQUISA:
DICIONÁRIO DE ESCATOLOGIA BÍBLICA CLAUDIONOR CORREA DE ANDRADE
APOSTILA DE INTRODUÇÃO BÍBLICA DO INSTITUTO TEOLÓGICO FATESZ
ESCATOLOGIA DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS SEVERINO PEDRO DA SILVA CPAD


PROF RAMOS DO INSTITUTO TEOLÓGICO FATESZ DE S.P.




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