A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO NO APOCALIPSE
A presente abertura liga-se estreita e significativamente às introduções dos livros dos profetas do AT. Tanto lá como aqui ocorrem os mesmos elementos. Primeiro uma breve palavra como título. No AT é dito esta é a palavra à visão ou o oráculo do Senhor. Este livro é uma revelação da parte de Jesus Cristo e a respeito dele. No capitulo 1, vemos que ele revela uma avaliação que faz da igreja, entre 60 e 65 anos depois da ressurreição e Ascensão de Jesus ao céu, desvendando os demais eventos, relacionados ao futuro da sua vinda segundo defendem muitos Eruditos das profecias bíblicas.
Ele reivindica autoridade bíblica imediata para a sua palavra. Tanto mais pensativos nos deixa o fato de que até o nosso século este livro foi descartado por grandes contingentes do cristianismo como menos cristão e extra bíblico ou questionável de uma forma ou outra, sendo mantido afastado do culto e do estudo exegético por muitos, mas nele encontramos a verdadeira revelação da pessoa Bendita de nosso Salvador quanto aos seus Oráculos manifesto ao apóstolo João. A elevada pretensão profética que João anuncia já pelo estilo de sua abertura está em estreita relação com a circunstância de que as igrejas na província da Ásia daquele tempo se encontravam na mais acirrada controvérsia com a sinagoga judaica Ap 2:9. 3:9. 11.8.
Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu Anjo as enviou e as notificou a João, seu servo Ap 1:1.
Com isso, afirmava-se nada menos que o Messias se havia manifestado e que eles próprios representavam a igreja messiânica do fim dos tempos. E ainda: que todos os judeus que não se achegassem agora à igreja cristã estavam se separando do verdadeiro Israel. Desta maneira radical, João estabelecia os limites em todos os seus escritos, sobretudo no Apocalipse. Em todo o capítulo um do livro do Apocalipse uma vez que a incumbência do livro é a profecia, vale para ele a regra de se ater a este ministério para o leitor vale a regra de que não se deve perguntar ao livro a respeito das mais diversas questões, deduzindo as mais variadas coisas a partir do que deixa de dizer. Não acrescentar nada, não diminuir nada! Rm 12:6. 1Pe 4:15.
A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO AO APÓSTOLO JOÃO
Revelação pressupõe um mistério, O mistério pode ser a visão essencialmente divina das coisas. Neste caso, é inacessível aos humanos. Para eles, não é evidente nem flagrante, tampouco pode ser inferido de forma lógica a partir de tudo o que sabem em geral. Os humanos podem apenas permitir que lhes fossem anunciados. De resto, o mistério na Bíblia possui a característica da maior simplicidade, de modo que uma criança a entenda. Um plano secreto guardado numa gaveta e cercado de adivinhações, uma vez publicado, pode revelar-se como a coisa mais límpida do mundo. Um dia os mistérios de Deus serão manifestos. A visão que Deus tem dos fatos conquistará aceitação pública. Então as coisas brilharão diante dos olhos de todos, assim como Deus os vê desde sempre. É neste sentido que o livro do Apocalipse constitui uma antecipação para a igreja acerca do derradeiro. A igreja não deve tropeçar nas coisas penúltimas, seu candeeiro deve brilhar até o fim. Chama a atenção que João não utiliza o conceito da revelação para qualquer uma das visões subsequentes. Ele evita a formação plural revelações que, em geral, era usual no primeiro cristianismo Revelação aparece pela primeira vez em João como designação de um livro Ele também se distingue dos profetas do AT por causa desta peculiaridade. Apesar de toda a consonância, na realidade não há um som idêntico. Seu livro não é um livro de revelações entre outros tantos, mas sim a revelação, a saber, a síntese de todas as profecias bíblicas. 2Co 12:7.
Notemos que a Revelação dada aqui no capitulo primeiro de Apocalipse é de Jesus Cristo, e não de João como muitos interpretam, João era somente o instrumento empregado para receber e escrever este livro. Agora, as grandes autoridades expõem-se atrás desta reivindicação: o livro é revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu. O próprio Senhor está por trás deste livro e por trás de sua mensagem. Naturalmente a fonte da mensagem está situada mais nas origens. Cristo a recebeu de Deus. É assim que também conhecemos Jesus no evangelho de João:
Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, este me tem prescrito o que dizer e o que anunciar. As coisas, pois, que eu falo como o Pai mo tem dito, assim falo Jo 12:49-50.
Faz parte da tarefa de Jesus Cristo mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer. Os destinatários do livro recebem aqui e em Ap 2.20; 22.3 o designativo de servos de Jesus‖. Esta é uma expressão abreviada de seus servos, os profetasAp 10:7. 11:18. 22:6. A esta igreja Jesus deve mostrar as coisas que em breve devem acontecer Com isso, fica delineado o conteúdo do livro. O Apocalipse vem a ser o único escrito do NT que tem como tema os acontecimentos em toda a sua extensão, ou seja, a história. É por isso que ele merece atenção justamente no nosso século, isto é, numa época em que se destaca com nitidez cada vez mais forte a unidade dos acontecimentos mundiais, assim como também se torna universal a consciência de que estamos envolvidos numa história conjunta, de abrangência mundial. A revelação tem dois pontos focais:
Ø Os propósitos de Deus
Ø A pessoa de Deus
Por um lado, Deus informa os homens a respeito de Si mesmo: quem é Ele, o que tem feito, o que está fazendo, o que fará, e o que requer os homens façam. Semelhantemente, o Deus Todo-poderoso declarou a Israel às leis e promessas de Sua Aliança Êx 20 a 23. Dt 4:13. Por um lado, quando Deus envia a Sua Palavra aos homens, Ele também os confronta consigo mesmo. A Bíblia não concebe a revelação como uma simples transmissão divinamente garantida, mas antes, como a vinda pessoal de Deus aos homens, para tornar-se conhecido deles Gn 35:7. Êx 6:3. Esta é a lição que devemos aprender das teofanias do Antigo Testamento bem como do papel desempenhado pelo enigmático anjo mensageiro do Senhor, que evidentemente é uma manifestação do próprio Deus.
TESTIFICANDO A PALAVRA COMO TESTEMUNHO Á JOÃO
A Palavra de Deus à qual João se refere no presente texto é a palavra falada e escrita como no Monte Sinai, primeiro Deus fala, depois escreve, Em uma linguagem mais acessível esta palavra “é o Evangelho de Cristo” Ap 1:9. 6:9. 20:4. De acordo com o costume literário de sua época, ele fala do escrito que está redigindo naquele instante na forma do pretérito. Aquilo que ele atestou é chamado de a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. Esta é outra característica do livro. Frequentemente os profetas do AT denominaram sua mensagem de palavra de Deus, contudo João combina com esta expressão venerável outra: testemunho de Jesus Cristo. Neste ponto já se anuncia o dítono que é significativo para toda a mensagem do Apocalipse: Deus e o Cordeiro Ap 5:13. Segundo Eruditos denominam tudo indica que João já havia dado testemunho acerca do verbo de Deus. Esse sublime testemunho da pessoa de Cristo, inclui também, o testemunho de sua pessoa física durante os 33 anos de sua existência terrena. João entrega seu testemunho de maneira integral: tudo o que viu. O verbo ver ocorre mais de cinquenta vezes no Apocalipse. Constitui um termo técnico para o recebimento de uma revelação profética propriamente dita, razão pela qual no tempo antigo os profetas eram chamados de videntes. O vidente tinha de ser um bom ouvinte, pois Deus costuma mostrar seus sinais acompanhados de palavras interpretativas. Por meio delas ele dirige o olhar e o entendimento do profeta, assim como também a transmissão da mensagem.
O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto Ap 1:2.
Em relação ao testemunho de Jesus Cristo quer João teve, mostra que ele era tão somente uma testemunha acerca do testemunho sobre Cristo, pois todas as coisas que tem visto como citado no versículo dois é uma referência das visões e símbolos revelados ao seu servo. É sabido que uma testemunha só poderá relatar aquilo que realmente viu e presenciou, para que seu testemunho seja de cunho real e verídico, como foi o caso de João, quando recebe diretamente a revelação por parte de Deus sobre tudo que estava proposta á realizar segundo sua vontade, em relação aos eventos futuros, que ocorrerá.
FELIZ AVENTURANÇA DA PROFECIA
No final da abertura do livro ressoa a primeira das sete bem-aventuranças do Apocalipse. A igreja dos ouvintes é uma comunhão de salvação a ser bem-aventurada. Sua atenção ao que é dito a preservará.
Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo Ap 1:3.
Esta é a primeira “Bem-aventurança” das sete que este livro encerra Neste momento lançamos uma olhada sobre a igreja reunida o leitor é o preletor público. Naquele tempo, para muitos membros da igreja esta modalidade constituía a única possibilidade de conhecer a Sagrada Escritura. A leitura pública é pressuposta em muitas ocasiões Ap 2:7-11-29. 3:6-22. João espera que, quando comunicada às pessoas, sua mensagem seja confirmada por Deus, o Revelador, e por Cristo, o Mediador: Bem-aventurados. Por trás de João estão a boca de Jesus e a boca de Deus. Ele não escreve para a leitura em particular ou para círculos especiais, mas para comunidades e sua audiência pública segundo testemunho de muitos Eruditos sobre esta revelação. Este cumprimento é um cuidado muito especial que, numa concentração dedicada, está dirigido à própria causa. Bem-aventurado é quem abre os olhos para a palavra profética, quem aguça o ouvido, afia a reflexão, dispõe as emoções, enrijece a vontade e reúne paciência para ela. Guardar neste ponto haveria muito a perder: tudo!
A bem-aventurança é fundamentada por uma exclamação a respeito da proximidade da salvação: pois o tempo está próximo. Segundo relata Apocalipse Comentário Esperança, Cada frase tem a intenção de servir à mensagem do fim próximo dos tempos.Porque guardar o que está escrito? “Porque o tempo está próximo”. Guardar não é só memorizar que se leu, é muito mais: é obedecer, é praticar. Provavelmente, esta “Bem-aventurança”, se reserva aqueles a Igreja toda que durante a Grande Tribulação, serão guardados por Deus do sofrimento sem precedente na história humana. Deus faz cortes no curso do tempo, define prazos e cria oportunidades. Estas horas de Deus são os pontos de guinada e recomeço da história. Quando é usado, como no presente texto, sem maiores definições, o tempo representa o prazo para a implantação final do domínio de Deus Ap 11:18.
A expectativa escatológica imediata conforme relata Apocalipse Comentário Esperança, não era para os primeiros cristãos uma condição passageira de superaquecimento religioso. Sua existência é encarada seriamente ainda no primeiro século, agora em vias de terminar, como também em todos os séculos subsequentes. Em todos os casos, somente os de fora falam de decepção 2Pe 3:3.
Jesus revela para João, que o Apocalipse é um livro dirigido ás Sete Igrejas da Ásia Menor, que representava um antigo território de uma região que nos dias atuais corresponde á Turquia Ocidental. Lembrando que não tinha somente estas Sete Igrejas naquela época, mas que cada uma delas consistia de várias Congregações. Estas Sete citadas no texto, segundo Eruditos, acreditam foram selecionadas por representarem a totalidade das igrejas daqueles dias, pois segundo á Numerologia Bíblica o número sete representa um número de perfeição. Há que acredita que aquelas igrejas representam todas as igrejas no decurso desta era da igreja. O livro foi proclamado de pleno direito precisamente nas reuniões destas igrejas locais. Ao mesmo tempo, porém, há diversas razões a favor do argumento de que no presente texto o número sete não é apenas portador de um valor numérico, mas também simbólico. Naquele tempo, sete podia significar simplesmente plenitude, singularmente a plenitude sagrada, a saber, a perfeição intencionada e ordenada por Deus. São possibilidades abordadas pelos Estudiosos das profecias bíblicas. A tentação, que naquele tempo cercava as comunidades cristãs na forma do culto ao imperador, da apostasia do Senhor de todos os senhores da prostração diante de senhores menores, assedia a igreja de Jesus Cristo em todas as épocas e em todos os continentes. Logo, as sete igrejas nominalmente citadas são representantes de todos nós. O chamado: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas, bem como a bem-aventurança: Bem-aventurados aqueles que leem publicamente e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas visam ser ouvidas até hoje Ap 1:3-5.
SAUDAÇÕES AS SETE IGREJAS DA ÁSIA
JOÃO, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono Ap 1:4.
No livro Apocalipse Versículo Por Versículo é destacado três pontos de análise que são:
Ø A saudação
Ø A eternidade de Deus
Ø Os sete espíritos
As sete igrejas que naqueles dias se encontravam dentro dos limites da Ásia Menor, eram compostas de judeus e gentios. O autor dirige-se às igrejas da Ásia, que a seguir serão especificadas também geograficamente, mas por trás delas, dado o simbolismo do número, que indica “totalidade”, está toda a Igreja, estamos nós também. O autor sagrado continua e explica da parte daquele que é e que era, e que há de vir. Trata-se de Deus que segue continuamente seu povo, faz com que exista. Podemos contemplar nesta passagem no que diz respeito a Deus, o presente do passado e ainda o passado do presente. O tempo não pode desgastar a eternidade de Deus. Ele nunca nasceu também nunca morrerá 1 Tm 6:16.
Entretanto, graça e paz provêm igualmente dos sete espíritos, que segundo depreende o texto estão associados á:
- O espírito do Senhor
- O espírito de sabedoria
- De inteligência
- O espírito de conselho
- De fortaleza
- O espírito de conhecimento
- De temor do Senhor
Segundo observamos no presente texto, a multiforme operação do Espírito Santo, pois os “sete espíritos de Deus” são: “as diferentes operações do Espírito Santo nessa perfeição, que necessariamente, lhes pertence”. O Novo Testamento fala em outras passagens, da pluralidade de funções do Espírito Santos 1 Co 12:11. 14:32. Por isso os sete Espíritos do presente texto provavelmente não devem ser interpretados como um grupo de anjos, mas como a plenitude do único Espírito Ef 4:4. A respeito do Espírito de Deus que atua em figuras múltiplas consta que ele se acha diante do seu trono. Esta afirmação expressa à posição de serviço.
JESUS CRISTO O FIEL PRIMOGÊNITO
E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra Ap 1:5.
Jesus é apresentado nesta passagem, como “a fiel testemunha”. Este título pertence a Cristo por direito e por resgate, que, não só é verdadeiro, mas a própria verdade A frase no presente texto Jesus Cristo; que é a fiel testemunha descreve o relacionamento de Cristo com Deus enquanto Jesus esteve na terra. Como fiel profeta Ele jamais falhou em declarar todo o conselho de Deus. A palavra testemunho significa alguém que vê, sabe e então fala; é uma palavra característica de João ela a usa mais de 70 vezes em seus escritos. Cristo é o Fiel em tudo aquilo que ele o deve ser ele é genuíno e veraz em seu caráter ele é fiel e digno de confiança na concretização de sua missão.
O conceito de testemunha é aprofundado. Ele contém o empenho com a palavra e com a vida. A testemunha em grego é “mártys”é, no nosso livro, a testemunha de sangue. Foi com esta acepção que mais tarde o termo grego penetrou no linguajar geral, a saber, como mártir. Também aqui se evoca a morte de Jesus. Característica da testemunha é a fidelidade. À testemunha fiel contrapõem-se as falsas testemunhas. Isto é esboçado pelos capítulos sobre a Paixão nos evangelhos. As testemunhas falsas, contratadas, na história da Paixão falavam em nome do Israel renegado. Israel devia dar testemunho a favor de Deus Is 43:9-13. 44:6-11. Cristo, em contraposição, foi o único que permaneceu obediente e fiel até à morte e morte de cruz, como relata a Sagrada Escritura, na Epístola de Filipenses 2:8. Assim ele representou o verdadeiro Israel, ainda que fosse executado como suposto blasfemo contra Deus.
Foi também a evidência central da divindade de Cristo, da sua exaltação e glorificação, do seu supremo poder pessoal, o emblema expressivo da ressurreição da imortalidade, tanto no presente se for necessário, como no futuro. Ressurreição de Cristo foi e é, realmente, a suprema e majestosa história dos evangelhos e da humanidade. 1 Co 15:14.
O termo Primogênito dos mortos, não é nenhuma criação própria de João. Ser o primeiro nascido significava direito de domínio e especificamente sobre os irmãos que nasceram depois. Em decorrência, esta designação posiciona o Exaltado em relação com a igreja. O acréscimo dos mortos aponta para a Páscoa. As angústias da morte foram as dores de parto At 2:24. A nova vida de Cristo não tem mais a morte à sua frente, mas sim atrás de si. É o começo de uma nova criação sem morte. Enquanto toda a outra vida deve tributo à morte, sabemos que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele quanto a viver, vive para Deus Rm 6:9-10.
SACERDOTES PARA DEUS PAI
Cumpre chegar à harmonia triádica da obra de Jesus: e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai. Somente neste ponto é que o amor chega ao alvo, somente aqui a redenção alcança seu sentido. A igreja não foi amada e libertada para nada. A obra da redenção abrange mais que isso: culpa nossa clemência dele! Ela continua: aptos para o serviço! O amor recebido e aclamado não pode ser privatizado. Está em jogo o serviço a Deus.
E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai: a ele glória e poder para todo o sempre. Amém Ap 1:6.
O objetivo de Deus era fazer, de cada filho de Israel um sacerdote e evidentemente isso não pode ser cumprido, devido à desobediência e carnalidade deles. Assim o direito sacerdotal foi conferido a Arão e seus filhos e descendentes Hb 5:4. Êx 19:6. Esse direito foi conferido à tribo de Levi, em razão dessa tribo ter permanecido fiel ao Senhor quanto ao culto idólatra diante do bezerro de ouro Êx 32:1-29. O texto em foco ali, diz que Moisés se pôs em pé na porta do arraial, e disse: Quem é do Senhor, venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi. Dentro da dispensação neotestamentária cumpre-se o ideal de Deus quanto a esta promessa, não adiantam obras e méritos humanos, e, sim, a livre graça divina, que torna cada remido um sacerdoteÊx 32:26. 1 Pd 2.6 e Ap 1:6. 20:6.
No tocante ao “sacerdócio do crente”, verifica por direito de primogenitura; quando nos tornamos “filhos de Deus”, naturalmente temos acesso a Deus Pai; Esse sacerdócio indica um acesso superior a Deus. O crente, na qualidade de sacerdote, oferece um sacrifício superior, isto tem fundamento nos Ensinos bíblicos, dedicando seu próprio corpo, como um santuário para Deus, pois o louvor de sua vida e de seus lábios, ele oferece a Deus Rm 12:1. 2 Tm 4:6. Hb 9:7. Na qualidade de sacerdote, o crente, tal como Cristo e o Espírito Santo, é um intercessor em favor de outros. O crente ao aceitar Jesus como Salvador torna participante de um“sacerdócio real”, isto é, “sacerdócio e realeza”. 1 Pd 2:5-9”. Em relação á sua vinda presente no versículo sete , o presente versículo fala da “Parousia” ou segunda vinda de Cristo, com poder e grande glória, e isso se dará sete anos após o arrebatamento de sua Igreja da terra 1 Ts 4:13-17. “Eis”, que significa “olhe atentamente e considere”, aparece mais de 400 vezes na Bíblia e é usada nos tempos passados, presentes e futuros.
Eis que vem com as nuvens e todo o olho o verá, até os mesmos que o transpassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém Ap 1:7.
Esta palavra “Eis” aparece cerca de 28 vezes no Apocalipse. E todo o olho o verá a frase inserida no contexto: “até os mesmos que o transpassaram”, e verificar que estas palavras apontam diretamente para o povo de Israel, na presente era, pois, os que crucificaram a Jesus no sentido literal, estão mortos há quase dois mil anos Predições contemporâneas feitas pelos Apóstolos e pelo próprio Cristo Mt 24.30, indicam que no retorno de Cristo a terra com poder e grande glória, Jesus será visto fisicamente na Palestina, quando forças confederadas do Anticristo tiverem conquistado a Terra Santa, ameaçando aniquilar o povo judeu. A passagem de Zacarias 12.10 é à base da predição de que todos verão a quem transpassaram. O Senhor Jesus será literalmente contemplado pelo povo. Isso será reconhecido como uma intervenção divina, por parte de Israel, o qual, oficialmente, se declarará“cristão”.
ORDEM DE JESUS DADA PARA ESCREVER
Cristo ordena João escrever tudo que foi revelado á ele num livro. A ordem de escrever ocorre por treze vezes neste livro. A ordem ocorre uma vez em cada uma das sete cartas. O intuito do Senhor Jesus Cristo era que a revelação fosse preservada para as gerações seguintes; e até hoje a forma escrita é a melhor maneira de preservar uma comunicação. Ap 1:11-19. 21:5. Isso nos dá entender que não só a carta endereçada à igreja devia ser lida, mas também todo o conteúdo do livro que encerrava a visão. Em cada cena do Apocalipse, Cristo sempre aparece como a “Figura Central”. Os teólogos costumam dividir o livro do Apocalipse em sete partes, mas a sabedoria divina o dividiu apenas em três As coisas que tens visto. É a primeira das três divisões deste livro. É, sem dúvida, a menor das três partes deste compêndio divino: um capítulo, apenas! Também pela pequena duração dos acontecimentos a que se refere.
E as que são. Esta se refere à segunda parte do livro. De exposição, pouco mais extensa em conteúdo (capítulo 2 e 3). No que diz respeito ao tempo, é o mais longo período: abrange ensinos para a vida inteira da Igreja desde os primitivos tempos, e como te servido durante toda a dispensação da Graça, até o momento do arrebatamento.
E as que depois destas (das duas primeiras) hão de acontecer. A terceira parte, é essencialmente futurística, vai do capítulo 4 a 22. Porém os fatos decorrerão com rapidez e as profecias que terão lugar neste tempo, sofrerão uma reação em cadeia, e cumprir-se-ão sucessivamente. Porém, mesmo assim, devemos observar que, esta parte do livro, inclui o Milênio de Cristo e o estado Eterno ao dia da Eternidade 2Pd 3.18. O livro do Apocalipse é o único livro profético do Novo Testamento, é a única iluminação certa que dos acontecimentos atuais e futuros.
Enquanto que o livro de Gênesis é o início da Bíblia, dando começo de todas as coisas na terra, o livro de Apocalipse encerra o livro divino, descrevendo a consumação de todas as coisas.
Do capitulo primeiro, e dos 20 versículos mencionados temos aqui um esboço que mostra as coisas que João viu as coisas que são as coisas que acontecerão no futuro, ou seja, eventos antes e depois da vinda de Cristo á terra.
Por isto que Cristo é apresentado no texto como sendo o Filho do Homem, uma expressão de sua exaltação, descrito com Rei, Sacerdote, e Juiz das suas igrejas. O propósito do livro do Apocalipse é descrever o triunfo do Reino de Deus, quando Cristo voltar para estabelecer o seu reino na terra.
Os eventos dos tempos do fim, vinculados á vinda de Cristo apresenta uma Escatologia de vitória para os fiéis e ensina que a história terminará no julgamento do sistema instaurado neste mundo por satanás e no reino eterno de Cristo e de seu povo. Ap 20:4. 21:1. 22:5.
Mesmo sendo banido para Ilha de Patmos como prisioneiro, sem motivo algum, exceto por ter pregado fielmente a palavra de Cristo, motivo por qual o Imperador em sua ira lança o apóstolo nesta Ilha, Deus conforta seu servo, abrindo as portas celestes, revelando suas maravilhosas promessas, de forma fidedigna, o qual em breve acontecerá, quando por fim ele retirar todos seus servos deste mundo viu.
O que João viu e relatou, são de fato palavras verdadeiras o qual Cristo Jesus o ordenou a manter-se fiel tanto em relatar como obedecer até aquele grande dia, quando aparecerá nas nuvens para assim levar á sua igreja ao seu encontro.
Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer Ap 1:19.
Segundo Eruditos este versículo é a chave do entendimento do livro do Apocalipse, que corresponde á eventos verídicos, depois do Arrebatamento da igreja, que inclui a Grande Tribulação e a Eternidade. Ap 4-22.
Tudo que foi escrito pelo apóstolo, foi deixado como fundamento de Fé e obediência pelas as igrejas de todas as épocas, assim como nós o qual servimos ao Senhor, devemos observar tudo o que é determinado no seu Evangelho, e ser colocado em prática, mantendo firme na presença do Salvador Eterno, pois breve estaremos com ele para sempre.
Prof. Ramos do Instituto Teológico Fatesz De São Paulo.
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