ESTUDO ESCATOLÓGICO DO LIVRO EVANGELHO DE MATEUS
Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias e orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado Mt 24:19-20.
Estes questionamentos e perguntas dos discípulos de Cristo ocorrem no Monte das Oliveiras, a profecia de Jesus sobre diversos assuntos em relação aos tempos do fim foi dada em resposta a uma pergunta dos discípulos, entre elas: que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? E dentro do texto e contexto mencionado acima é citado por Cristo as grávidas nos dias da Grande Tribulação. É ai que está o ponto de questionamento por muitos estudantes das profecias bíblicas, onde se perguntam o que Cristo de fato quis dizer com esta citação?
Muitos Intelectuais atribuem este fato à invasão de Jerusalém por Tito, seu nome era; Tito Flávio Vespasiano Augusto foi imperador romano entre os anos de 79 e 81. Foi o filho mais velho e sucessor de Vespasiano. Antes de ser proclamado imperador, alcançou renome como comandante militar ao servir sob as ordens do seu pai na Judeia, durante o conflito conhecido como aprimeira guerra judaico-romana 67 — 70. Esta campanha sofreu uma breve pausa após a morte do imperador Nero (9 de junho de 68), quando Vespasiano foi proclamado imperador pelas suas tropas (21 de dezembro de 69). Neste ponto, Vespasiano iniciou a sua participação no conflito civil que assolou o império durante o ano da sua nomeação como imperador, conhecido como o ano dos quatro imperadores. Após essa nomeação, recaiu sobre Tito a responsabilidade de acabar com os judeus sediciosos, tarefa realizada satisfatoriamente após sitiar e destruir Jerusalém (70), cujo templo foi demolido no incêndio.
A sua vitória foi recompensada com um triunfo e comemorada com a construção do Arco de Tito. O Arco de Tito é um arco triunfal, erigido em Roma, em comemoração à conquista de Jerusalém pelo imperador Tito Flávio, filho de Vespasiano.
IMAGEM DO ARCO DE TITO

Local Fórum Romano, Roma Construído em século VII-IV a.C. Construído por/para Tito Flávio Tipo de estrutura Arco do triunfo.
Com esta ocupação, teve início a destruição do Templo de Jerusalém, que seria concluída no ano 70 d.C., acontecimento que foi considerado a realização de uma das profecias de Jesus Cristo. Vê-se esculpido no arco: a mesa do pão ázimo, as trombetas de prata e a Menorá, o candelabro de sete braços, símbolos do judaísmo. Inteiramente em mármore, o Arco de Tito é o mais célebre de Roma. Situa-se no Fórum Romano e foi construído em 81 d.C., medindo 15,4 m de altura, 13,5m de largura e 4,75 de profundidade.
Nele consta a seguinte inscrição:
SENATVS POPVLVSQVE·ROMANVS DIVO·TITO·DIVI·VESPASIANI·F(ILIO)
VESPASIANO·AVGVSTO
Isto é:
"O senado e o povo romano [dedicam] ao divino Tito Vespasiano Augusto, filho do divino Vespasiano".
Tito comandou as legiões romanas que ocuparam a capital da Judeia em 1 de agosto de 67 d.C. Sob o reinado do seu pai, Tito coletou receios entre os cidadãos de Roma devido ao seu serviço como prefeito do corpo de guarda-costas do imperador, conhecido como a guarda pretoriana, bem como devido à sua intolerável relação com a rainha Berenice de Cilícia. Apesar destas faltas à moral romana, Tito governou com grande popularidade após a morte de Vespasiano a 23 de junho de 79 e é considerado como um bom imperador por Suetônio e outros historiadores contemporâneos. Mas outros Eruditos definem com maior amplitude á outros fatores como veremos agora.
Primeiro devemos destacar que Jesus Cristo responde aos discípulos com o principal objetivo sendo ele:
a. Acontecimentos do primeiro século como a destruição do Templo e a tomada de Jerusalém
b. Sinais ligados ao Arrebatamento da Igreja
c. Sinais relativos aos eventos que antecedem o fim do mundo.
A afirmação de que a frase “Ai das grávidas” refere-se à destruição de Jerusalém não tem sustentação por muitos Teólogos, porque se baseia em duas suposições improváveis, A primeira é de que o “abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel, no lugar santo” (Mt 24.15.) alude a imperadores romanos.
A segunda é de que tal destruição, perpetrada pelos romanos, foi a maior da História, tão grande e devastadora “como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21.).
Os judeus, de Roma ou de qualquer lugar, nunca passaram embaixo do Arco de Tito, até 1948, quando o Estado de Israel foi fundado. Nesta ocasião os judeus de Roma fizeram uma grande parada e passaram embaixo do arco, comemorando a reconquista de sua terra e, claro, a sua sobrevivência ao Império Romano segundo Estudiosos.
POSIÇÃO GEOGRÁFICA DO MONTE DAS OLIVEIRAS
Está situado a leste da Cidade Antiga de Jerusalém, em Israel, pertencente a uma cadeia de colinas com três picos, dispostos de norte a sul recebe seu nome pelas oliveiras que cobriam, antigamente, suas encostas. O Monte das Oliveiras é sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, e muitas tradições estão associadas a ele. Segundo a Bíblia, por exemplo, Jesus teria transmitido ali alguns de seus ensinamentos (Atos 1:12). Conforme Eruditos; a altura do Monte das Oliveiras e as vistas espetaculares que ele apresenta para a Cidade Antiga de Jerusalém e para o Monte do Templo fizeram com que alguns dos mapas e ilustrações mais realistas da região na Antiguidade fossem feitos dos seus cumes. No Monte das Oliveiras está situado o jardim do Getsêmani. O Monte das Oliveiras faz parte da fronteira ocidental do Deserto da Judeia. Entre ele e a Cidade Antiga de Jerusalém está o vale do rio Cédron ou, como também é conhecido, vale de Josafá. O Monte das Oliveiras pertence à cadeia montanhosa que se inicia a leste de Jerusalém e prossegue por cerca de três quilômetros e meio, no qual se destacam três vértices: o Monte Scopus, que se eleva a 826 metros, o pico de at-Tur (818 metros), e o chamado 'Monte Destruidor', com 747 metros de altura. Pertencente à antiga família dos Oliveiras. Em suas encostas ficavam Betfagé, Betânia e Getsêmani.
O monte das Oliveiras não só como um monte com histórias de vitórias e derrotas, de guerras físicas e espirituais, mas o monte no qual acontecerá o evento mais importante da escatologia cristã: Jesus Cristo descerá visivelmente sobre ele. A pergunta “Quando sucederão estas coisas” resultou da predição de Jesus sobre o templo e a cidade. Na sequência, os discípulos queriam saber ainda sobre a vinda de Cristo, e disseram: “Que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo”. A expressão “tua vinda” é uma referência à segunda vinda pessoal de Cristo, especialmente sobre aquele mesmo monte onde estavam conversando.
IMAGEM DO MONTE DAS OLIVEIRAS
A GRANDE TRIBULAÇÃO MENCIONADA POR CRISTO
O Senhor Jesus afirmou que a Grande Tribulação é o pior evento, desde o princípio, e que, depois, nunca mais haverá outro maior que ele.
Nenhuma das maiores guerras existente até os dias atuais poderão ser comparadas a este evento chamado Grande Tribulação mencionado pelo Senhor Jesus. Na profecia a respeito do “abominável da desolação” (Dn 9:26-27). Mencionam-se alguns fatos, em ordem cronológica. Observe que a profecia alude à morte do Ungido, à destruição de Jerusalém e do Templo, por parte do povo de “um príncipe”, e à posterior ocorrência de guerras e desolações até o fim. É nesse tempo do fim que o tal príncipe fará aliança com muitos por uma semana (sete anos) e, na metade desta, introduzirá o “abominável da desolação”. E esse assolador agirá “até que a destruição, que já está determinada, se derrame sobre ele”.
O povo do príncipe são os emissários do mal a serviço do “mistério da injustiça” e do “espírito do anticristo”, operantes desde o primeiro século (2 Ts 2.7. 1 Jo 4.3). O príncipe assolador, por sua vez, é o Anticristo em pessoa (2 Ts 2.1-12.), do qual “sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora” (Dn 11.31.). Isso durará três anos e meio ou mil duzentos e noventa dias período de tempo que alude à segunda metade da Grande Tribulação (Dn 12.11.).
Por isto que o “Ai das grávidas” não alude à fuga das mulheres israelitas, por ocasião da invasão romana do primeiro século apesar que naquele período muitas gestantes tiveram dificuldades de fuga ante as tropas romanas. Refere-se, na verdade, à dificuldade de toda a população civil israelense, especialmente as mulheres gestantes, em escapar da chegada iminente dos exércitos do Anticristo. A advertência de Jesus se encontra entre dois fatos que ainda não se cumpriram:
a. A abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, introduzido no lugar santo (Mt 24.15).
b. E a “grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21.).
A Grande Tribulação, de fato, será a maior e mais terrível destruição jamais experimentada pelo mundo. Quando Israel, no fim da segunda metade desse período de juízos, estiver cercado pelos exércitos do Anticristo (Ap 16.13-16.). Os civis terão grande dificuldade para escapar dos bombardeios inimigos, principalmente as gestantes, os idosos, as pessoas com deficiência física, etc. conforme defendem os especialistas nas profecias Escatológicas. Reprisando a frase novamente portanto, o Senhor se referiu à dificuldade de toda a população civil israelense, especialmente as mulheres gestantes e as que estiverem amamentando, em empreender fuga ante a chegada iminente dos inimigos.
Surge a pergunta:
O que acontecerá com as crianças que estiverem no ventre de suas mães, por ocasião do Arrebatamento? Os importantes Exegetas na Escatologia dizem; no caso das mães salvas em Cristo Jesus, não há dúvidas de que as crianças em seus ventres serão arrebatadas. Uma vez que a vida delas depende de suas genitoras.
E estas irão ao encontro do Senhor, nos ares (1 Ts 4.17.). É evidente que as crianças não-nascidas, ainda em seu estado da inocência, participarão do grande Rapto da Igreja. Outra pergunta a fazer é: E quanto às crianças de ventre cujas mães não pertencem ao povo de Deus? Elas serão arrancadas das mães, deixando-as desesperadas? Para ao Intelectuais Não! Como depende da vida da mãe, e esta não será arrebatada, a criança continuará no ventre e nascerá normalmente na Grande Tribulação. Caso sobreviva aos juízos divinos desse terrível período, ingressará no Milênio com os povos naturais e terá a oportunidade de ouvir o Evangelho e ser salva. Se as crianças filhas de descrentes vierem a morrer na Grande Tribulação, ainda na fase da inocência período em que as suas faculdades ainda não estão suficientemente amadurecidas para serem convencidas de seus pecados e crerem em Cristo para a salvação (Mc 16.16.). Provavelmente elas serão salvas. Afinal, o Senhor Jesus disse: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Lc 18.16). E Ele certamente se referia às crianças que ainda estão no período da inocência.
Lembrando aos leitores que a Grande Tribulação é para pessoas vivas que não subiram no Arrebatamento da igreja e foram desobedientes ao Evangelho de Cristo ou que não acreditaram nos profetas que falaram em nome do Senhor sobre o Juízo divino á este mundo vil. Mateus 24 é dirigido ao povo judeu, e a todos de nossa atualidade, o mesmo que rejeitou o Messias e irá sofrer por isso. Hoje os judeus estão de volta à terra, mas em incredulidade, isto é, não como o cumprimento da profecia que diz que o próprio Deus os levará para lá. Por terem voltado por iniciativa própria, eles nada mais do que agravaram sua própria situação, pois é ali mesmo que cairão os juízos descritos em Mateus 24. Do povo judeu, que estiver na terra de Israel por ocasião da grande tribulação, apenas um terço sobreviverá. "Em toda a terra, diz o Senhor, as duas partes dela serão exterminadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela. E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é meu Deus". Zc 13:8-9.
Este versículo tem paralelo com o Evangelho de Mateus sobre a Grande Tribulação no final dos tempos onde um terço sobrevirá e os outros dois terços serão mortos são os judeus incrédulos como mencionado acima, estes são os acontecimentos que Cristo alertou os seus servos no Monte das Oliveiras fazendo uma analogia de uma mulher com dores de parto como mencionado no estudo em foco, para assim deixar em alerta todos os seres humanos sobre o castigo divino que breve acontecerá e jamais escaparão as nações que se esquecem de Deus, para a igreja que obedece ao Senhor o lugar de repouso é garantido.
PREDIÇÕES DE SINAIS ATUAIS NO EVANGELHO DE MATEUS
Entendemos que esses sinais indicam “o começo do fim” ou “o princípio de dores” (Mt 24.8). Veremos a seguir alguns destes sinais o qual Cristo fez o alerta para seus discípulos:
a. O princípio de dores. O texto refere-se metaforicamente às dores de parto de uma mulher que está para dar à luz uma criança. São as primeiras dores decorrentes das contrações que anunciam a hora do parto. Na verdade, Jesus estava declarando que os sinais envolvendo fomes, pestes e terremotos seriam apenas sinais precursores da vinda da era messiânica, sonhada e desejada pelos judeus (1Ts 5.3).
b. A angústia na terra. Essa angústia está embutida no “princípio de dores” sentida pela humanidade e, especialmente, pela Igreja de Cristo. E, de fato, a perplexidade das criaturas diante dos sinais que se evidenciam na Terra (Lc 21.25,26). Segundo Estudiosos uma neurose coletiva mundial que provoca o desespero (Rm 8.20,22); é o pressentimento da chegada do fim dessa agonia (Dn 12.4). Nesses tempos de globalização da economia mundial, percebe-se a preocupação, quando apenas uma economia se descontrola e traz um desassossego total (2Ts 2.7; Ap 13.16,17).
c. A ameaça de uma Igreja mista. Mt 24: 10-13. Nestes versículos Jesus previu certos problemas que afetariam sua Igreja. Essa Igreja mista aparece na malfadada tese do Ecumenismo. Indiscutivelmente é uma falsa unidade porque dilui princípios fundamentais de formação da Igreja segundo o padrão neotestamentário. Muitos cristãos haveriam de trair a Igreja e desertá-la por causa das perseguições. A ação de “trair-se uns aos outros” refere-se àqueles que, para salvar a própria pele, entregariam seus irmãos às autoridades.
d. A multiplicação da iniquidade. Mt 24:12. A palavra iniquidade na língua original tem a ideia de coisas ilegais ou de liberdade sem lei que a controle. Quando Jesus declarou que a iniquidade se multiplicaria estava antevendo a realidade de nossos dias. A tendência para a ilegalidade e sua prática tem sido comum entre os cristãos. O aumento da iniquidade, isto é, da violação dos princípios divinos, afetaria esse sentimento de relação com Cristo. O zelo e o desejo pela Casa de Deus perdem a sua força quando o coração é iníquo.
Os sinais da vinda de Jesus devem ser assunto de interesse para todos os crentes despertados e ao mesmo tempo um grande alerta para os crentes descuidados e adormecidos espiritualmente. E, assim, possam entender que, apesar dos teólogos divergirem quanto a distinguir os primeiros 14 versículos de Mateus 24 como sendo dentro da era da graça ou da Igreja, o segredo para escapar, principalmente do período dos tempos dos gentios (que antecede a Grande Tribulação (Mt 24.14), é “perseverar até o fim” (Mt 24.13).
Jesus disse em Apocalipse:
Eis que venho sem demora guarda o que tens para que ninguém tome a sua coroa a quem vencer eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá, e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, do meu Deus e também o meu novo nome Ap 3:11-12.
Prof Ramos
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