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sexta-feira, 30 de março de 2018

A BATALHA DE GOGUE E MAGOGUE

A COALIZÃO DE GOGUE E MAGOGUE

As Escrituras predizem que no tempo do fim, a exemplo do passado, quatro grandes poderes se levantarão sobre a terra. Os quatro poderes que Daniel presenciou, levantando-se do mar Babilônia, Medo-Persa, Greco- Macedônio e Roma Imperial. Segundo á Bíblia e Eruditos especialistas em profecias bíblicas concordam que estes impérios serão revividos novamente no fim do tempo. Estas potências, porém, trarão outros nomes, tais como:
  • O poder do Norte Ez 38,39.
  • O poder do Sul Dn 11:40.
  • O poder do Oriente Dn 11:44. Ap 16:12.
  • E o poder do Ocidente - 0 Império Romano Ap 13:1.
Gogue é o poder do Norte. Em Ezequiel capítulos 38,39 fala-se de Gogue, Magogue, Mezeque e Tubal. Mezeque e Tubal são nomes associados e eram tribos da Ásia Menor, conhecidas pelas suas inscrições cuneiformes “forma de cunha” e pela História de Heródoto, onde aparecem juntas como Moscoi e Tibarenói. Diz que “Gogue é o príncipe e Magogue a sua terra” É a panela a ferver, cuja face está para a banda do Norte - norte de Israel Jr 1.13. Segundo “Flávio Josefo”, historiador judaico do século I d.C., afirma que estas regiões ocupadas por essas estas tribos, correspondem aos antigos “citas e tártaros, que são os atuais Russos”. Do mesmo modo pensam muitos outros historiadores.

ETIMOLOGIA DO TERMO GOGUE

Utilizando o termo no hebraico “gõg” tem a ideia de figura apocalíptica chefe de exércitos hostis que no fim dos tempos hão de lutar contra Israel numa batalha terrível. Ele é chamado rei de “Ros desconhecido” “Mosoc e Tubal” dois povos da Ásia Menor, Todo o seu território é indicado pela denominação: "terra do magõg" há quem indique que talvez signifique a terra do macedônio “Alexandre Magno”.

DEFINIÇÕES DE HISTORIADORES SOBRE GOGUE E MAGOGUE

“Heródoto”, historiador grego do Século V a.C., mencionou Mezeque e Tubal, identificando-os com os povos chamados “muschovitas”, que viviam naquela época na antiga província do Ponto, no Norte da Ásia Menor. Segundo seus escritos, Mezeque e Tubal ficavam, provavelmente, a leste da Ásia Menor, usualmente identificados como sendo “Frigia e Capadócia”.
E o rei da Assíria trouxe gente de Babel, e de Cuta, e de Ava, e de Hamate, e de Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e tomaram a Samaria em herança e habitaram nas suas cidades 2 Rs 17:24. 
O doutor “Wilhelm Gesenius”, erudito hebreu do Século XIX, discute este vocábulo no seu Léxico Hebraico. Mezeque, diz o grande sábio, foi fundador dos “mosquis”, povo bárbaro, que habitava nas montanhas“mosquianas”. Mais adiante, em outro trecho de seu Léxico ele diz o nome grego “mosquis”, derivado do termo hebraico “Mezeque”, é de onde procede o nome da cidade de Moscou. E Tubal, diz o doutor Gesenius, é filho de“Rafete”, fundador dos Tibarenói, povo que habitava no mar Negro a oeste dos Mosquis.
O doutor “John Cumming”, escrevendo a mais de um século 1864, disse: “Esse comandante do Norte imagino à luz da Palavra divina que seja o autocrata da Rússia. A Rússia ocupa um lugar, e de muita importância na palavra profética, isto tem sido admitido por quase todos os expositores da Bíblia”. O nome Gogue é o nome que simboliza o chefe desta nação, Gogue é o príncipe e Magogue é a sua terra. O profeta Ezequiel dá bastante ênfase ao significado do pensa- mento, dizendo por três vezes que essa potência inimiga de Israel viria do“Extremo Norte”, segundo Eruditos se utilizarmos um Globo terrestre e percorrer com o dedo em direção ao norte a partir de Israel, verá que ele atinge diretamente o meio da Rússia.
O escritor do “Pulpit Commentary” considera que o termo “rõ’s” bastante discutido, ocorre 456 vezes no Novo Testamento, e nunca é traduzido como nome próprio e, sim, por “pico” ou “cabeça” de alguma coisa.
O nome “Rússia” provém do finlandês, e significa “remadores”, enquanto que “rõ’s” é um termo hebraico, e quer dizer “chefe”.

PREPARO DA MOBILIZAÇÃO DE GOGUE E MAGOGUE

A grande mobilização de exércitos no conflito de Armagedom começa com a invasão da Palestina pelos reis do Norte e do Sul onde se se denomina a batalha de Gogue e Magogue como relatado anteriormente. O líder do Império Romano e o líder do estado israelita estão de tal modo unidos em aliança. Com essa invasão se iniciam os acontecimentos da campanha, que abalarão o mundo inteiro. Esse movimento inicial é apresentado em Ezequiel 38.1-39.24. Dn 11:40. Dn 9:27. A Rússia faz uma aliança com a Pérsia, a Etiópia, a Líbia, a Alemanha e a Turquia. Pelo fato de Israel parecer presa fácil essa confederação decide invadir a terra para saqueá-la. Faz-se um protesto contra essa invasão o qual é, contudo, desprezado. Ezequiel omite o progresso da invasão, mas trata da destruição do invasor nas montanhas de Israel Ez 39:2-4. Em consequência de uma intervenção divina mediante uma convulsão da natureza. Sete meses são gastos para retirar os mortos 39:12 e sete anos são necessários para retirar os escombro Ez 39:9-10.
Há quem se associa esta batalha com a mesma do “Armagedom de Ap 16:16”. E com a Batalha de “Gogue e Magogue de Ap 20:8”. Mas estas batalhas são diferentes de uma para outra e não se trata da mesma de Ezequiel 38,39, isto por diversos motivos, o qual relatará de maneira detalhada sobre cada uma delas.

CONHECENDO AS DIFERENÇAS DE CADA BATALHA

O profeta afirma que o cenário dessa destruição são as montanhas de Israel o seu tempo é o fim dos anos e os últimos dias. Essa destruição é um sinal para as nações e para Israel Ez 39:2-4. 38:8. 38:16. 38:23. 39:21-24.

DIFERENÇA NA BATALHA DE GOGUE E ARMAGEDOM
  • Na batalha de Gogue são mencionados aliados definidos, enquanto na do Armagedom todas as nações estão unidas Jl 3:2. Sf 3:8. Zc 12:3. 14:4.
  • Gogue vem do Norte quando em Armagedom os exércitos vêm do mundo todo Ez 38:6-15. 39:2.
  • Gogue vem para saquear enquanto em Armagedom as nações se unem para destruir o povo de Deus Ez 38:11-12.
  • Gogue é o líder dos exércitos em sua invasão, mas em Armagedom é a besta quem a lidera 38:7. Ap 19:19.
  • Os exércitos de Gogue são colocados em ordem no campo aberto enquanto em Armagedom são vistos na cidade de Jerusalém Ez 39:5. Zc 14:2-4.
  • O Senhor pede ajuda na execução de julgamento sobre Gogue enquanto em Armagedom Ele é retratado pisando sozinho o lagar Ez 38:21. Is 63:3-6. 
O capítulo 37 lida com a reintegração da nação de Israel à sua terra. Ela é retratada como um processo gradual, pois o profeta a vê como um osso sendo juntado ao outro, amarrados por tendões e revestidos por pele. É uma reunião em meio à incredulidade, pois o profeta observa que não existia vida na carcaça reunida O capítulo 40 nos leva à era milenar. Desse modo, os movimentos de Gogue e Magogue ocorrem, conforme o contexto, entre o início da reintegração de Israel à sua terra e a era milenar. Já a batalha de Armagedom mencionado em Apocalipse 16, ocorrerá no fim do Milênio segundo os pré-Tribulacionistas. Isso se refere especificamente aos últimos dias e à obra de Deus com a nação de Israel, que, por ocorrer antes da era milenar em relação à batalha de Gogue e Magogue deve passar-se durante o trato de Deus com Israel na septuagésima semana da profecia de Daniel.

TEMPO DA INVASÃO

Alguns eruditos acham que a profética invasão à Terra de Israel por forças do Norte deve preceder “o arrebatamento da Igreja”. Já outros, porém, acham que não. Alguns intérpretes são de opinião que ela se dará logo após o retorno de Cristo a terra para o arrebatamento da Igreja. Razão porque isso apressaria sua Vinda“Parousia” a Terra, com poder e grande glória. Pensando nisso, no dia 28 de novembro 1983, 25 judeus ortodoxos foram a Hebrom, para interceder diante de Deus junto ao túmulo de Abraão para que “a chegada de Gogue e Magogue” à Terra Santa ainda seja adiada, pois alguns deles tiveram um sonho: “Gogue e Magogue estariam prestes a vir”.
Já o rabino “Chaim Valoshiner” século dezenove declara: “Quando virdes o exército russo começar a mover-se para o Sul e entrar na Turquia vistam as vossas roupas de sábado e preparai-vos para receber o Messias”. O rabino chefe das cerimônias judaicas diante do Muro das Lamentações considera que não se deve orar pedindo o adiamento de Gogue e, sim, a sua chegada à Terra de Israel. E pensando nisso, exortou que “verdadeiros cabalistas não deveriam orar pelo adiamento da vinda das hordas do Norte “Gogue e Magogue”, mas pelo seu rápido aparecimento, pois, assim, seria apressada a vinda do Messias”.
Os rabinos judaicos na sua maioria são de opinião que a invasão de Gogue à Terra Prometida terá lugar na parte final da Grande Tribulação e invocam além de outras citações a passagem de Daniel 11.44, quando “forças do Norte” seguirão em direção a Israel procurando se alojar sobre o “monte Sião” Dn 11.45.

OS ALIADOS DE GOGUE

O profeta Ezequiel apresenta uma lista parcial dos antigos nomes de alguns povos e nações que ajudarão a Gogue nesta investida mortal contra a herança do Senhor Ez 38:5-6. E numa outra lista, mostra-nos outros povos que auxiliarão Israel no combate contra Gogue e seus aliados Ez 38:13.

  1. Persas. Todas as autoridades hoje concordam, sobre qual país que atualmente é a Pérsia de outrora. É o Irã.
  2. Sua posição geográfica. Sudeste da Ásia, com fronteiras ao norte com a União Soviética e com o mar Cáspio, a leste com o Afeganistão e Paquistão, ao sul com o golfo Pérsico, e a oeste com o Iraque e a Turquia.
  3. Etíopes. A palavra “Cuze” em Gênesis 2.13 e se traduz por Etiópia em outras versões. Verdade é que alguns escritores renomados veem aí outra Etiópia que se encravava entre o Tigre e o Eufrates, e não a descrita em Atos 8.27.
Mas de acordo com o seu original de Ezequiel 38:5., a palavra “etíopes” quer dizer “rosto tostado” Jr 13.23. Ora, com esse sentido ela ocorre 21 vezes na Versão do “Rei Tiago King James” e, isso reforça todo o argumento apontando para a Etiópia moderna que nós conhecemos.
ÞSua posição geográfica. África Oriental. A Etiópia é limitada ao norte pelo mar Vermelho, a leste pelo Djibuti e pela República da Somália, ao sul pelo Quênia, e a oeste pelo Sudão.
ÞPute. No original hebraico a palavra “pute” se traduz por Líbia. Pute foi o terceiro filho de Cão, e na distribuição geográfica das terras, coube-lhe a África Negra como seu território Gn 10.6. Os descendentes de Pute migraram para a terra ao oeste do Egito, e se tornaram a origem das nações árabes do Norte da África, como a Líbia já citada, Argélia, Tunísia e Marrocos. A tradução grega do Antigo Testamento hebraico, chamada Septuaginta LXX, traduz Pute por Líbia, em 250 a 280 a.C.

  1. Sua posição geográfica. Norte da África. A Líbia limita se ao norte com o mar Mediterrâneo e tem fronteiras a leste com o Egito, a sudeste com o Sudão, ao sul com o Chade e o Níger, a oeste com a Argélia e a noroeste com a Tunísia.
  2. Gômer. Gômer foi o primeiro filho de Jafé e pai de Asquenaz, Rifate e Togarma Gn 10:3 e na distribuição geográfica das terras, coube-lhe em herança uma parte da Europa. Josefo chamou os filhos de Asquenaz “Reginianos”. Um mapa antigo que pertenceu ao Império Romano localizava Gômer e todas as suas tropas na área ocupada pela Europa Oriental que está inteiramente atrás da Cortina de Ferro Alemanha Oriental, Polônia, Tchecoslováquia.
  3. Sua posição geográfica. Europa-Centro-Norte. A Alemanha Oriental é limitada ao norte pelo mar Báltico, a leste pela Polônia, a sudeste pela Tchecoslováquia e a sudeste e oeste pela República Federal da Alemanha.
  4. Togarma. Ez 38:6. Togarma vem citado em Gênesis 10:3. Como sendo o terceiro filho de Gômer. Pelo direito da bênção tribal, Togarma podia como neto de Jafé e bisneto de Noé morar em sua própria terra. A Europa, e habitar “nas tendas de Sem”. Na Ásia, Gn 9.27. Atual- mente, Togarma compreende a nação turca da Ásia Menor, e sudeste da Europa. Togarmo como filho de Gômer, tem a mesma linha genealógica.
  5. Sua posição geográfica. Atualmente Togarma a Turquia encrava-se na fronteira dos dois Continentes. A Turquia asiática Anatólia ocupa 97% da área total. A Turquia limita-se ao norte com o mar Negro, e nordeste com a União Soviética, a leste com o Irã, ao sul com o Iraque, Síria e o Mediterrâneo, a oeste com o mar Egeu e a noroeste com a Grécia e a Bulgária. Já a Turquia europeia Trácia Oriental é separada da parte asiática pelo estreito de Dardanelos, pelo mar de Marmara e pelo Bósforo. Além destas nações mencionadas, as predições divinas pintam um novo quadro de outras nações inimigas que auxiliarão a Gogue e suas hordas nesta investida mortal: “os que habitam seguros nas ilhas” Ez 39:6.
PROTEÇÃO DIVINA EM FAVOR DE ISRAEL

Ezequiel mostra Deus se levantando com furor. Ele se indignará diante da invasão não provocada, pelas hordas do norte, e lhes trará todos os tipos de desastres naturais.

AS ARMAS USADAS POR DEUS NA BATALHA

1. Terremoto Ez 38:20.
2. A espada Ez 38:21.
3. Peste e sangue Ez 38.22.

ACRÉSCIMO DE MAIS QUATRO ELEMENTOS DA NATUREZA

Quatro elementos da natureza serão empregados por Deus e são eles:

1. Chuva torrencial
2. Saraiva
3. Fogo
4. Enxofre Ez 38:22.

Porém, é evidente que Deus livra através de meios naturais e sobrenaturais. As- sim a proteção divina será assegurada tanto por operações divinas, como por operações humanas e, para auxiliar Israel Deus levantará outras nações que não concordarão com Gogue e suas tropas, Seba,neto de Cuse, Dedã, descendentes deIsmael, Társis descendente de Jafé. Além das possíveis nações mencionadas, Deus levantará também outros povos que virão em socorro de Israel. Essas potências são designadas pelo apelativo de “Leõezinhos”. Do ponto de vista divino de observação, o comandante do Norte Gogue, enfrentará certa dificuldade geográfica para alcançar a Terra de Israel. Geograficamente esses “leõezinhos” podem e devem simbolizar as “pequenas tribos” que margeiam as nações, Escatologicamente eles apontam diretamente para algumas das potências atuais, tais como: Estados Unidos da América do Norte, Grã-Bretanha e outros países do mesmo porte. 
Finalmente tudo terminará com uma intervenção divina. Deus ordenará às forças selvagens da natureza e estas sepultarão Gogue e suas tropas ali mesmo - num vale, a leste do mar Morto.
Enquanto que seus restos mortais “casa de Israel os enterrará por sete meses, para purificar a terra” Ez 39.12. Mas na destruição de suas armas gastarão um tempo mais logo que durará “sete anos” Ez 39:9. Os nomes “Gogue e Magogue” em Ezequiel capítulos 38 a 39, referem-se E, portanto, deve ser antes do Milênio. A de Apocalipse 20.8, porém os nomes “Gogue e Magogue” são empregados metaforicamente para representar “as nações que estão sobre os quatro cantos da terra”. E, portanto, só ocorrerá depois do Milênio.
A batalha de Apocalipse 20:8, está distante da batalha de Gogue e Magogue de Ezequiel segundo Eruditos, e ordem cronológicas dos acontecimentos, pelo menos mil anos de uma da outra.


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FONTE DE PESQUISA:


ESCATOLOGIA DOUTRINAS DAS ÚLTIMAS COISAS SEVERINO PEDRO DA SILVA CPAD


DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DA BÍBLIA JOHAN KONINGS


APOSTILA DE ESCATOLOGIA INSTITUTO TEOLÓGICO FATESZ


MANUAL DE ESCATOLOGIA J.DWIHT PENTECOST



PROF RAMOS DO INSTITUTO TEOLÓGICO FATESZ S.P.



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